Cratera Aristarchus
Diâmetro: 40 km
Profundidade: 3,0 km
Coordenadas Selenográficas: LAT: 23° 42′ 00″ N, LON: 47° 24′ 00″ W.
Período Geológico Lunar: Copernicano (Copernican): 1,1 bilhão de anos atrás até os dias atuais.
Melhor período de observação: 4 dias após o quarto-crescente ou 3 dias depois do quarto-minguante.
Quem foi Aristarchus?
Astrônomo e matemático grego (310 aC – 230 aC), nascido na ilha grega de Samos.
Aristarchus é uma jovem, destacada e brilhante cratera localizada no quadrante noroeste da Lua e na parte sudeste de um grande platô conhecido como “Aristarchus Plateau” ou Platô de Aristarchus.
A cratera Aristarchus é a formação de grande porte mais brilhante da Lua (altíssima taxa de albedo) e possui um belo sistema de raios brilhantes. Estima-se que tenha apenas entre 300 a 500 milhões de anos e a sua juventude é a razão do seu alto albedo, pois a radiação do vento solar ainda não teve tempo suficiente de escurecer os materiais que foram escavados por debaixo do regolito. Existem muitos relatos de ocorrência de TLPs (Transient Lunar Phenomena) na região de Aristarchus.
As paredes internas da cratera Aristarchus são estruturadas em terraços (como degraus ou curvas de nível) causados por deslizamento de materiais das encostas internas. Seu piso interior é meio plano e um pouco rugoso, apresentando um pequeno e baixo pico central.
Levantamentos feitos pela sonda lunar LRO da NASA, sugerem que a cratera Aristarchus tenha granito em sua composição geológica.
A oeste de Aristarchus encontra-se a cratera Herodotus (diâmetro: 34 km, profundidade: 1,3 km, LAT: 23.2° N e LON: 49.7° W), com sua superfície interna lisa e plana, inundada por lava basáltica.
A nordeste de Aristarchus está presente a cratera Prinz (diâmetro: 46 km, profundidade: 1,07 km, LAT: 25.5° N e LON: 44.1° W). É uma cratera “fantasma” que foi quase que totalmente submersa pela lava do Oceanus Procellarum.
O Platô de Aristarchus (Aristarchus Plateu)
O platô de Aristarchus é um dos locais com maior interesse geológico do lado visível da Lua. Ele destaca-se como mais alto, velho e áspero da Lua. Ele é mais velho, porque tem mais marcas de crateras (pequenas) de impacto do que o oceano de lavas circundante. Sua área é de aproximadamente 200 km x 200 km. Estudos baseados em informações de sondas lunares, indicam que toda a superfície do platô é coberta por uma camada de cinzas vulcânicas, que cria um tom cor de caramelo quando observado por telescópio. Isto porque ocorreram grandes erupções de cinzas vulcânicas que foram explosivamente expelidas por gases a partir da “cabeça da cobra”, e acabaram por cobrir todo o platô.
De acordo com dados altimétricos da sonda Clementine, o platô eleva-se por um pouco mais de 2 km em média acima das lavas circundantes do Oceanus Procellarum e contém várias formações vulcânicas, tais como cristas, colinas e vales, sendo o mais espetacular, o Vallis SCHRÖTERI, que caracteriza-se como um canal gigante sinuoso, que foi fonte de uma pequena parte do volume de lavas que encheu o Oceanus Procellarum.
Vallis Schröteri
Vallis Schröteri (LAT: 26.2° N LON: 50.8° W) é o maior canal sinuoso da Lua, parecendo o leito seco de um grande rio, com largura de aproximadamente 11 km na região de sua origem, conhecida como “cabeça da cobra” (de onde fluiu a lava e iniciou o canal) e, a partir daí, diminui e assume uma largura média em torno dos 5,5 km. A profundidade média desse grande canal fica em torno de 600 m e o comprimento total atinge cerca de 185 km. Existe um canal bem mais fino e raso que atravessa ao longo do interior de Vallis Schröteri, com o comprimento cerca de 40 km maior do que o dele.
Vallis Schröteri inicia-se como uma formação posicionada numa região alta, um pouco ao norte do local entre Aristarchus e Herodutus (diâmetro: 34 km, profundidade: 1,3 km), conhecida como “The Head of Cobra” (a cabeça de cobra). Depois, o destacado canal de origem vulcânica, dirige-se para o norte, vira para noroeste e finalmente termina no leste.
Os cientistas lunares acreditam que o “Aristarchus Plateau” foi erguido, talvez por causa da quantidade de lava que irrompeu através de volumosos fluxos vindos de Vallis Schröteri. Acreditam também, que o magnífico vale foi a maior fonte de lavas que alimentou o norte do Oceanus Procellarum. Em 1963 foram reportadas visualizações na “cabeça da cobra” sobre manchas vermelhas como se fossem erupções, caracterizando assim, uma suposta ocorrência de TLP. ■
Olá, sou um jovem amante da selenografia e gostaria se saber mais sobre a uma cratera clara, localizada no polo sul da Lua, onde várias linhas convergem a ela.
Desde já agradeço a atenção.
Atenciosamente, Elcio Frota