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Singularidades

Hot wheels no planeta vermelho

A exploração robótica de Marte deu um salto gigante há exatamente vinte anos, quando a Mars Pathfinder literalmente quicou na superfície fria do planeta, protegida por bolsas infláveis.

A Pathfinder ganhou, de fato, uma edição da Hot wheels.

A Pathfinder (uma nave mãe e seu módulo de pouso) usou um método inovador para entrar diretamente na atmosfera marciana com o auxílio de um paraquedas supersônico, diminuindo a velocidade de descida, e o conjunto de airbags que reduziu o impacto com o solo.

Em seguida abriu seus três painéis solares, como uma flor mecânica, e um pequenino rover chamado Sojourner desceu para explorar a superfície de Marte, controlado remotamente a partir da Terra.

O destemido robozinho com apenas 11 kg e 48 cm de comprimento operou por 24 dias, vinte vezes mais que o planejado, tendo caminhado por cerca de 9 metros ao redor do módulo de pouso.

O Sojorner realiza um exame na rocha marciana batizada de Zé Colméia. Foto da NASA.

Tributos

Sojourner Sojourner Truth (1797-1883)

Seu nome homenageava Sojourner Truth, uma abolicionista afro-americana e ativista dos direitos das mulheres.

A escolha foi feita por uma garotinha de 12 anos (Valerie Ambroise, de Bridgeport, Connecticut, EUA) vencedora de um concurso internacional conduzido pela Planetary Society.

O pouso da sonda aconteceu no dia da independência dos Estados Unidos de 1997, numa planície denominada Ares Vallis, no hemisfério norte do planeta. O local exato foi posteriormente batizado de “Memorial Carl Sagan“.

Ao todo foram enviadas quase 17 mil fotografias obtidas a partir do módulo de pouso e 550 imagens do rover. A missão abriu caminho e inspirou a tecnologia de outros exploradores robóticos de superfície, como os rovers gêmeros Spirit e Opportunity e o Curiosity, muito maiores e mais sofisticados. ■

Comparando os rovers marcianos: do pequenino Sojourner ao grandalhão Curiosity. Crédito: NASA.
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