A exploração robótica de Marte deu um salto gigante há exatamente vinte anos, quando a Mars Pathfinder literalmente quicou na superfície fria do planeta, protegida por bolsas infláveis.
A Pathfinder (uma nave mãe e seu módulo de pouso) usou um método inovador para entrar diretamente na atmosfera marciana com o auxílio de um paraquedas supersônico, diminuindo a velocidade de descida, e o conjunto de airbags que reduziu o impacto com o solo.
Em seguida abriu seus três painéis solares, como uma flor mecânica, e um pequenino rover chamado Sojourner desceu para explorar a superfície de Marte, controlado remotamente a partir da Terra.
O destemido robozinho com apenas 11 kg e 48 cm de comprimento operou por 24 dias, vinte vezes mais que o planejado, tendo caminhado por cerca de 9 metros ao redor do módulo de pouso.
Tributos
Seu nome homenageava Sojourner Truth, uma abolicionista afro-americana e ativista dos direitos das mulheres.
A escolha foi feita por uma garotinha de 12 anos (Valerie Ambroise, de Bridgeport, Connecticut, EUA) vencedora de um concurso internacional conduzido pela
.O pouso da sonda aconteceu no dia da independência dos Estados Unidos de 1997, numa planície denominada Ares Vallis, no hemisfério norte do planeta. O local exato foi posteriormente batizado de “Memorial Carl Sagan“.
Ao todo foram enviadas quase 17 mil fotografias obtidas a partir do módulo de pouso e 550 imagens do rover. A missão abriu caminho e inspirou a tecnologia de outros exploradores robóticos de superfície, como os rovers gêmeros Spirit e Opportunity e o Curiosity, muito maiores e mais sofisticados. ■
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