Estou presumindo que já estabelecemos, pelo menos para os leitores deste blog, que os calendários têm raízes astronômicas profundas, e que suas origens datam da origem das civilizações…
Dito isso, e antes de mergulharmos de cabeça na rica (mas parcial) história do nosso calendário, vamos trilhar alguns caminhos diferentes e paralelos. Como acabamos de celebrar o Diwali (e sei que aqui me refiro a um “nós” metafórico…), falemos sobre esta rica tradição Hindu e sua relação com a Astronomia.
A tradução literal do termo Diwali pode ter se perdido através dos séculos de transliteração, mas o mais aceito hoje em dia é que signifique “fileiras de luzes”. A característica mais marcante dessa comemoração é os arranjos de lanternas que adornam as fachadas, janelas e tudo o mais, aonde quer que esse feriado seja observado.
Mas o que se está celebrando? O Diwali comemora a vitória do bem sobre o mal, ou do conhecimento sobre ignorância, ou da luz sobre as trevas. E o quão astronômico é isso? Muito, já que o Diwali acontece na Lua Nova, oficialmente o início do mês de Kartik do calendário lunisolar Hindu. Originalmente, o Diwali era uma comemoração do término da colheita do verão, bem como uma preparação espiritual para as agruras do inverno.
Jainistas e Sikhs também celebram o Diwali, mas usam nomes e significados diferentes. Os Marwaris do Rajastão o consideram como o início de um novo ano. O Diwali é um dos feriados mais alegres da Índia, e também é conhecido como o “Festival da Paz”. Feliz Deepavali! ■